(*) Uma notícia publicada na internet por sapo-pt.
Um auto do juiz Baltasar Garzón, de Julho de 2008, menciona a presença em Portugal do recém-capturado líder militar da ETA, Jurdan Martitegi Lizaso, referindo que o objectivo era instalar uma base da organização no país.
Nesse documento de "diligências prévias", obtido hoje pela Lusa, Garzon sustenta que Martitegi e Arkaitz Goicoechea (então seu companheiro no comando Vizcaya, um dos mais activos da ETA) estiveram em Portugal em 2007, a mando de Garikoitz Aspiazu (Txeroki), na altura responsável militar pela ETA.
"Receberam ordens para realizar um estudo de possíveis infra-estruturas em Portugal, com o objectivo de estabelecer ali uma base permanente de actuação", lê-se no auto de Garzon."
Para isso deslocaram-se à zona de Lisboa, onde alugaram casas, roubaram informações e veículos, incluindo o Seat Ibiza usado para fugir do atentado contra a Casa Quartel de Durango, tendo ainda preparado placas de matrícula falsas", refere ainda o documento do juiz espanhol.
No auto, Garzón decreta a prisão preventiva e incondicional de vários líderes da ETA, detidos em 2008, entre os quais Goicoechea. Fontes policiais espanholas confirmaram hoje à Lusa que Jurdan Martitegi Lizaso terá passado vários meses em Portugal, na Primavera e Verão de 2007, quando colaborava com o comando Vizcaya, um dos principais da organização terrorista basca. As mesmas fontes policiais disseram que "há indícios bastante fortes" de que Martitegi "esteve em Portugal (...) alguns meses", na Primavera e Verão de 2007, estando ainda "a ser investigadas" as circunstâncias dessa estada.
"Tem-se falado pontualmente da possível tentativa da ETA instalar uma infra-estrutura logística em Portugal.
Mas até ao momento, além de alguns movimentos logísticos, como o roubo de carros, não há qualquer outro indício de que isso tenha acontecido", sublinhou uma fonte da luta anti-terrorista em Madrid.
As mesmas fontes dizem não saber o que Martitegi esteve a fazer em Portugal, escusando-se a confirmar a zona do país onde poderá ter estado.
No entanto, fontes policiais portuguesas ouvidas pela Lusa em Madrid reiteraram que até hoje, "não foi encontrado qualquer indício que aponte ou sugira a criação mínima de qualquer infra-estrutura".
"Sabe-se que essa possibilidade chegou a ser planeada, há documentos da ETA onde isso se sugere, mas o projecto não avançou. Membros da ETA estiveram em Portugal e houve carros portugueses usados em acções, mas nada mais do que isso", afirmaram as fontes.
A visita a Portugal do líder militar da ETA, capturado no fim-de-semana em França, ocorreu numa altura em que Martitegi liderava o comando Vizcaya com Arkaitz Goikoetxea.
O comando Vizcaya acabou por ser o que mais atentados cometeu em Espanha, entre Fevereiro de 2007 e Junho de 2008, altura em que foi desarticulado.
Tags: Globo, Europa
(*) Notícia publicada por Lusa 2009-04-21, Hoje, 1207674
EDITORIAL
Temas e Debates
– Mendonça Júnior, e-mail: mendoncajunior24@gmail.com
– Senado News, site: http://senadonews.blogspot.com/ e-mail: senadonews@gmail.com
– Liga de Amizade Luso Espanhola-LALE, site: http://ligaamizadelusoespanhola.blogspot.com/ e-mail: lale.amizade@gmail.com
Um auto do juiz Baltasar Garzón, de Julho de 2008, menciona a presença em Portugal do recém-capturado líder militar da ETA, Jurdan Martitegi Lizaso, referindo que o objectivo era instalar uma base da organização no país.
Nesse documento de "diligências prévias", obtido hoje pela Lusa, Garzon sustenta que Martitegi e Arkaitz Goicoechea (então seu companheiro no comando Vizcaya, um dos mais activos da ETA) estiveram em Portugal em 2007, a mando de Garikoitz Aspiazu (Txeroki), na altura responsável militar pela ETA.
"Receberam ordens para realizar um estudo de possíveis infra-estruturas em Portugal, com o objectivo de estabelecer ali uma base permanente de actuação", lê-se no auto de Garzon."
Para isso deslocaram-se à zona de Lisboa, onde alugaram casas, roubaram informações e veículos, incluindo o Seat Ibiza usado para fugir do atentado contra a Casa Quartel de Durango, tendo ainda preparado placas de matrícula falsas", refere ainda o documento do juiz espanhol.
No auto, Garzón decreta a prisão preventiva e incondicional de vários líderes da ETA, detidos em 2008, entre os quais Goicoechea. Fontes policiais espanholas confirmaram hoje à Lusa que Jurdan Martitegi Lizaso terá passado vários meses em Portugal, na Primavera e Verão de 2007, quando colaborava com o comando Vizcaya, um dos principais da organização terrorista basca. As mesmas fontes policiais disseram que "há indícios bastante fortes" de que Martitegi "esteve em Portugal (...) alguns meses", na Primavera e Verão de 2007, estando ainda "a ser investigadas" as circunstâncias dessa estada.
"Tem-se falado pontualmente da possível tentativa da ETA instalar uma infra-estrutura logística em Portugal.
Mas até ao momento, além de alguns movimentos logísticos, como o roubo de carros, não há qualquer outro indício de que isso tenha acontecido", sublinhou uma fonte da luta anti-terrorista em Madrid.
As mesmas fontes dizem não saber o que Martitegi esteve a fazer em Portugal, escusando-se a confirmar a zona do país onde poderá ter estado.
No entanto, fontes policiais portuguesas ouvidas pela Lusa em Madrid reiteraram que até hoje, "não foi encontrado qualquer indício que aponte ou sugira a criação mínima de qualquer infra-estrutura".
"Sabe-se que essa possibilidade chegou a ser planeada, há documentos da ETA onde isso se sugere, mas o projecto não avançou. Membros da ETA estiveram em Portugal e houve carros portugueses usados em acções, mas nada mais do que isso", afirmaram as fontes.
A visita a Portugal do líder militar da ETA, capturado no fim-de-semana em França, ocorreu numa altura em que Martitegi liderava o comando Vizcaya com Arkaitz Goikoetxea.
O comando Vizcaya acabou por ser o que mais atentados cometeu em Espanha, entre Fevereiro de 2007 e Junho de 2008, altura em que foi desarticulado.
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(*) Notícia publicada por Lusa 2009-04-21, Hoje, 1207674
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