A “LIGA DE AMIZADE LUSO-ESPANHOLA”, abreviadamente “LALE”, é uma associação de direito privado, com personalidade jurídica e sem fins lucrativos, sendo a sua duração por tempo indeterminado, que tem por fim estreitar a amizade entre portugueses e espanhois desenvolvendo o relacionamento dos respectivos povos e instituições civis.

OFICIALIZAÇÃO: Diário da República, Nº162, SUPLEMENTO, III SÉRIE, 18 484-(12), Quarta-feira, 24 de Agosto de 2005.

SITE: http://ligaamizadelusoespanhola.blogspot.com/

EMAIL: lale.amizade@gmail.com

PESQUISÁVEL: pelo google.pt ou pelo sapo.pt

quarta-feira, 22 de abril de 2009

TERRORISMO

(*) Uma notícia publicada na internet por sapo-pt.

Um auto do juiz Baltasar Garzón, de Julho de 2008, menciona a presença em Portugal do recém-capturado líder militar da ETA, Jurdan Martitegi Lizaso, referindo que o objectivo era instalar uma base da organização no país.

Nesse documento de "diligências prévias", obtido hoje pela Lusa, Garzon sustenta que Martitegi e Arkaitz Goicoechea (então seu companheiro no comando Vizcaya, um dos mais activos da ETA) estiveram em Portugal em 2007, a mando de Garikoitz Aspiazu (Txeroki), na altura responsável militar pela ETA.

"Receberam ordens para realizar um estudo de possíveis infra-estruturas em Portugal, com o objectivo de estabelecer ali uma base permanente de actuação", lê-se no auto de Garzon."

Para isso deslocaram-se à zona de Lisboa, onde alugaram casas, roubaram informações e veículos, incluindo o Seat Ibiza usado para fugir do atentado contra a Casa Quartel de Durango, tendo ainda preparado placas de matrícula falsas", refere ainda o documento do juiz espanhol.

No auto, Garzón decreta a prisão preventiva e incondicional de vários líderes da ETA, detidos em 2008, entre os quais Goicoechea. Fontes policiais espanholas confirmaram hoje à Lusa que Jurdan Martitegi Lizaso terá passado vários meses em Portugal, na Primavera e Verão de 2007, quando colaborava com o comando Vizcaya, um dos principais da organização terrorista basca. As mesmas fontes policiais disseram que "há indícios bastante fortes" de que Martitegi "esteve em Portugal (...) alguns meses", na Primavera e Verão de 2007, estando ainda "a ser investigadas" as circunstâncias dessa estada.

"Tem-se falado pontualmente da possível tentativa da ETA instalar uma infra-estrutura logística em Portugal.
Mas até ao momento, além de alguns movimentos logísticos, como o roubo de carros, não há qualquer outro indício de que isso tenha acontecido", sublinhou uma fonte da luta anti-terrorista em Madrid.

As mesmas fontes dizem não saber o que Martitegi esteve a fazer em Portugal, escusando-se a confirmar a zona do país onde poderá ter estado.

No entanto, fontes policiais portuguesas ouvidas pela Lusa em Madrid reiteraram que até hoje, "não foi encontrado qualquer indício que aponte ou sugira a criação mínima de qualquer infra-estrutura".

"Sabe-se que essa possibilidade chegou a ser planeada, há documentos da ETA onde isso se sugere, mas o projecto não avançou. Membros da ETA estiveram em Portugal e houve carros portugueses usados em acções, mas nada mais do que isso", afirmaram as fontes.

A visita a Portugal do líder militar da ETA, capturado no fim-de-semana em França, ocorreu numa altura em que Martitegi liderava o comando Vizcaya com Arkaitz Goikoetxea.

O comando Vizcaya acabou por ser o que mais atentados cometeu em Espanha, entre Fevereiro de 2007 e Junho de 2008, altura em que foi desarticulado.
Tags:
Globo, Europa

(*) Notícia publicada por Lusa 2009-04-21, Hoje, 1207674

EDITORIAL
Temas e Debates
– Mendonça Júnior, e-mail:
mendoncajunior24@gmail.com
– Senado News, site:
http://senadonews.blogspot.com/ e-mail: senadonews@gmail.com
– Liga de Amizade Luso Espanhola-LALE, site:
http://ligaamizadelusoespanhola.blogspot.com/ e-mail: lale.amizade@gmail.com

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

ESPAÑA


(*) José Pegado
Escrever sobre Espanha e os Espanhóis ou sobre qualquer outro país ou povo torna-se impossível sem o recurso a comparativos. Falar de Espanha e das impressões que dela colhemos obriga-nos a um constante cuidado para não cairmos na fácil tentação de assumirmos como verdades nossas as ideias históricas e outras que nos foram insufladas já nos primeiros bancos de escola.

A vizinhança geográfica, mesmo quando o universo é apenas o de um ninho apoderado por cucos ou o de dois pisos contíguos, é uma fonte geradora de conflitos que, segundo os temperamentos, ou a relação de forças das partes envolvidas, podem dar lugar a agressões físicas, a calúnias e na melhor das hipóteses a um mortífero virar de costas quando tanto teríamos a ganhar e a alegrar-nos pelo simples e saudável exercício da boa vizinhança.

O que nos aproxima é o facto de sermos povos de uma mesma região ibérica que em tempos pré-históricos foi povoada por espécies humanas das idades paleolíticas, uma região que mais tarde e em diferentes medidas veio a conhecer fenícios, gregos, romanos, suevos, visigodos e árabes até que um dia estes últimos foram dela expulsos por forças da cristandade.

O que nos separou foram lutas pelo poder e alianças de conveniência e o que nos aproxima são as origens e evidentemente a vizinhança.

Cultivar a boa vizinhança é demonstrativo de sólida cultura social e torna-se hoje condição necessária para construir e sobreviver em oposição a desmembrar e destruir.
Boa vizinhança pressupõe vias de comunicação abertas e elas existem e está demonstrado que com boa vontade nos entendemos muito bem ouvindo e falando simples e calmamente.

Quem durante uma centena de anos foi capaz de mostrar novos mundos ao mundo poderia, na época conturbada em que vivemos, talvez dar um exemplo sólido de amizade e de boa vizinhança que acaba por ser tolerada e mais tarde até aplaudida pelas nossas não muito diferentes vivências:
– De um modo geral a cozinha turística espanhola não nos agrada mas a culpa é evidentemente nossa, do nosso desconhecimento, da nossa bolsa, da nossa pressa;
– O horário de trabalho, as horas e a duração das refeições;
– A notável prática da siesta que mantém as gentes de Espanha numa imperturbável posição de unicidade, em relação aos demais povos europeus, é uma constante irritação dos homens de negócios do Norte da Europa que nunca se apercebem das diferenças de clima e de fusos horários;

– Falta ainda dizer qualquer coisa sobre as gentes de Espanha que variam tanto como em qualquer país. De um modo geral o aspecto físico é desenvolto e saudável e as mulheres são elegantes e não baixam os olhos como é costume em Portugal.
A comunicação falada é muito importante para o bom entendimento entre humanos.

O ano de 2008 terminou com o descalabro global das instituições financeiras o que a curto prazo vai provocar mais desemprego, mais desespero, mais egoísmo e paralelamente o favorecimento de climas propícios a aproveitamentos políticos.
O ano de 2009 iniciou-se com o despertar de fortes agressões entre povos vizinhos, onde a boa vizinhança não impera, entre Israel e a população palestiniana de Gaza num enorme grupo de refugiados famintos, e doentes.

A comunidade internacional não aprende que não basta dar peixe a quem tem fome, é preciso que o faminto aprenda a pescar.

(*) Engenheiro Electromecânico formado no IST, em Lisboa, e na Universidade de KYH em Estocolmo.
EDITORIAL
Temas e Debates
– Liga da Amizade Luso Espanhola-LALE, site:
http://ligaamizadelusoespanhola.blogspot.com/ e-mail: lale.amizade@gmail.com
 
“LIGA DE AMIZADE LUSO-ESPANHOLA”,